▬ Sussurros abafados em meio às trevas falam de uma maldição que acompanha o homem desde os tempos imemoriais em que ele rabiscava bisões em cavernas. Trata-se de um infortúnio vinculado aos mortais e a seus pecados, aos que morrem e acabam em um reino conhecido como Inferno. Nestas escrituras e profecias apócrifas é dito que há de chegar a hora do Armagedom, a grande batalha. Nesse dia, o Céu tocará e Terra e o Inferno irá se erguer, mesclando o aroma de incenso e de eterna primavera com o odor fétido do enxofre e de outras excrescências sulfúreas. Cada criatura pecaminosa que se oculta nas trevas arruinando idas tratará de avançar para combater a luz. Será essa a única oportunidade que terão as forças infernais para conquistar a humanidade. Todavia, a vitória será uma questão de números. O Inferno necessita de todas as almas que puder corromper a fim de sobrepujar as forças do Céu e assim banir a bondade da existência da humanidade para sempre. O Inferno é uma região complexa, erguida sobre muitos níveis, cada qual governado por sombrios mestres do mal. O Oitavo Círculo é o reduto do pior de todo eles, a entidade conhecida como o Malebólgia. Seu único objetivo, como o dos outros soberanos, é a aniquilação plena dos inimigos que ainda não pôde derrotar: Yaveh e o Céu. Esse demônio mantém ume xército constantemente preparado para a batalha que virá. No entando, o valor de qualquer tropa está nos oficiais que a comanda. Tendo essa verdade me mente, Malebólgia escolheu cuidadosamente um grupo seleto de almas para se tornarem capitães e generais, as Crias do Inferno. Tais criaturas são, ao mesmo tempo, os joguetes e servos do demônio, selecionados pelas qualidades que possuem ou pelo potencial que manifestam. Malebólgia está sempre a procura de espíritos com a garra necessária, seres capazes de cumprir o plano que ele arquitetou em épocas esquecidas da existência. Para tanto, o bruxo do Inferno aguarda há uma eternidade o momento certo e tem a disposição todo o tempo necessário para treinar seus acólitos. Essas crias do inferno são eleitas uma vez a cada século, a um custo enorme de energia por parte de Malebólgia. Afinal, elas são muito especiais. Em princípio, não precisam ser necessariamente malignas. Todavia, a semente da perversidade deve estar presente nelas. Visando a glória de seu exército, Malebólgia ordena que cada alma selecionada passe por um treinamento e seja nutrida pela violência afim de que a flor do mal deabroche em seu coração. Ao término do processo, em nenhum candidato restará a menor gota de compaixão. Somente assim eles se mostrarão aptos a liderar o ataque dos pecadores aos Portais da Pérola do Céu. Um desses oficiais em treinamento caminha pela Terra nos dias de hoje. Conhecido apenas como Spawn, em vida era chamado de Al Simmons.
Simmons nasceu em uma família de classe média cujos pais vivam em bairro tranquilo nos arredores de Pittsburg. Ele cresceu como qualquer outra criança, indo à escola e praticanto esportes. No entando, sua naturea competitiva o afastava dos demais. Sempre era impelido a vencer a a ceitar apenas a vitória total em tudo o que fazia, fosse nas quadras, fosse num mero debate. O jovem Simmons jamais travaria uma discussão a menos que tivesse a certeza de que faria prevalecer seu ponto de vista. para ele, não havia porque começar algo se não houvessem meios de vencer. Após concluir o colegial, Al Simmons entrou em seguida na faculdade, onde sua presença chamou a atenção da CIA, agência pela qual seria mais tarde recrutado. Como parte de seu novo trabalho, ele alistou-se no exército, galgando postos rapidamente até ser admitido em uma unidade de elite criada para proteger o presidente. Foi durante o período que Simmons salvou o presidente de um atenntado. Por esse feito, foi promovido à Tenente-Coronel. Suas habilidades para combate e a capacidade de aprender com rapidez não passaram despercebidas aos olhos de Jason Wynn, o homem que se tornou seu mentor e o levou à comunidade do serviço secreto.
Wynn era um mestre em manipular pessoas. Ele levou Simmons a acreditar, ao menos a princípio, que tudo o que faziam tinha um propósito e visava a segurança da nação. A cada missão, os métodos tornavam-se mais sanfrentos enquanto as explicações eram cada vez menos racionais. Não raramente, tais operações resultavam em tumultuos e guerras civis. Bastou Simmons passar a questionar seu comandante e suas motivações para que a sólida amizade entre eles se deteriorasse. No entando, as contínuas dibergências não seriam toleradas por alguém como Wynn. Era pra ser uma missão como as anteriores, na qual Simmons teria de matar novamente em nome de seu governo. Porém, quando menos esperava, ele foi atacado traiçoeiramente pro sua colega Jessica Prist. Empunhando uma arma à laser, ela deixou seu corpo carbonizado a ponto de não mais ser reconhecido. O jovem Tenente-Coronel havia pisado no calo de Jason Wynn e pagou pela ousadia.
Albert Francis Simmons foi enterrado com grande repercussão na mídia. Afinal, desde o dia em que havia salvo o presidente, ele vinha sendo idolatrado pela imprensa. Seu caixão estava coberto pela bandeira americana, que foi entregue ao fim da cerimônia para a viuva, Wanda Blade, sob os olhares de toda a nação. O assunto ocupou as páginas dos jornais por dias. Nos artigos, louvaram-se os méritos do soldado que deu a vida pelo país e foi enterrado no cemitério do Arlington. No entando, a existência de Al Simmons não chegou ao fim com a traição de seus camaradas. No momento de sua morte, ele fez um pacto, do qual mais tarde mal se recordaria. Simmons possuía um calcanhar de Aquiles, algo desvantajoso para um assassino em sua posição. Tratava-se do amor desmedido que nutria pela esposa. O pacto versava justamente sobre isso. Embora ateu, ele estava disposto a fazer qualquer coisa para rever Wanda, e Malebólgia se aproveitou desse desejo. Em uma gração de segundos - ao menos em sua mente - Simmons regressou à Terra. Havia se tornado um oficial do demônio em treinamento, uma das Crias do Inferno, cujo corpo estava vinculado ao uniforme simbiótico infundido em energia profana. Ele sempre foi capaz de seguir ordens, era dotado de um instinto assassino e estava disposto a fazer a barganha, a cumprir todas as exigências de Malebólgia para apenas ter o direito de rever sua esposa.
Albert Francis Simmons foi enterrado com grande repercussão na mídia. Afinal, desde o dia em que havia salvo o presidente, ele vinha sendo idolatrado pela imprensa. Seu caixão estava coberto pela bandeira americana, que foi entregue ao fim da cerimônia para a viuva, Wanda Blade, sob os olhares de toda a nação. O assunto ocupou as páginas dos jornais por dias. Nos artigos, louvaram-se os méritos do soldado que deu a vida pelo país e foi enterrado no cemitério do Arlington. No entando, a existência de Al Simmons não chegou ao fim com a traição de seus camaradas. No momento de sua morte, ele fez um pacto, do qual mais tarde mal se recordaria. Simmons possuía um calcanhar de Aquiles, algo desvantajoso para um assassino em sua posição. Tratava-se do amor desmedido que nutria pela esposa. O pacto versava justamente sobre isso. Embora ateu, ele estava disposto a fazer qualquer coisa para rever Wanda, e Malebólgia se aproveitou desse desejo. Em uma gração de segundos - ao menos em sua mente - Simmons regressou à Terra. Havia se tornado um oficial do demônio em treinamento, uma das Crias do Inferno, cujo corpo estava vinculado ao uniforme simbiótico infundido em energia profana. Ele sempre foi capaz de seguir ordens, era dotado de um instinto assassino e estava disposto a fazer a barganha, a cumprir todas as exigências de Malebólgia para apenas ter o direito de rever sua esposa.
